terça-feira, 17 de novembro de 2009

O SERTÃO E O MAR

O sertão está mudo
Vejo-o triste
Sem voz, sem vida e sem matiz.

O sertão de tantas linguagens
Jaz ausente de paragens
E o sertão cinza
Anoitece o meu olhar.

Atravesso o renitente sertão
Vítima de uma breve estação.

Encontra-se um desfolhado sertão
Diante da imensidão de mim
Mas paira um encantamento
Do céu que me olha.

Neste céu sem estrelas
Vejo-a posta
A minha única estrela
Que desce ao chão.

Neste chão há um mar
Onde sei que me espera
Pacientemente verde
Contrastando com o soturno sertão.
( SAL, 27/09/08)

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