PALAVRAS MUDAS
O que me faz voar
Sem sair do chão?!
O que me faz pousar
Em plena escuridão?!
Em tudo há indecisão:
Dos passos quase parados
Na dança fria das palavras
Dos corpos quase colados
Da voz que se cala
Antes do primeiro beijo.
Em tudo há contradição:
Em plena ventania
Vulcão contido em chamas
Do teto onde moram as paixões.
Em intrépidas disparadas
Segue a locomotiva do desejo
Na ferrovia dos corpos.
Da saliva que me passas
Vejo um céu estrelado
Na boca mais linda do mundo!
Fortaleza, 18 de abril de 2011.