segunda-feira, 18 de abril de 2011

PALAVRAS MUDAS


O que me faz voar

Sem sair do chão?!

O que me faz pousar

Em plena escuridão?!


Em tudo há indecisão:

Dos passos quase parados

Na dança fria das palavras

Dos corpos quase colados

Da voz que se cala

Antes do primeiro beijo.


Em tudo há contradição:

Em plena ventania

Vulcão contido em chamas

Do teto onde moram as paixões.


Em intrépidas disparadas

Segue a locomotiva do desejo

Na ferrovia dos corpos.


Da saliva que me passas

Vejo um céu estrelado

Na boca mais linda do mundo!

Fortaleza, 18 de abril de 2011.

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