BEIJOS DE AÇOITE
Ó deusa, foste do canto a primazia
De versos a poesia
Que fugazmente passou.
Escritos com beijos de açoite
Fez de dia a noite
E nem a lua ficou.
Hoje, adormecido em prantos
Sonho e não me encontro
Estou perdido a viver.
Quase nada me fascina
Vivo preso em cada esquina
Vendo o tempo correr.
Nada me traz a vida
Vou cicatrizando as feridas
Vou cicatrizando o viver.
Como um ébrio tresloucado
Louco, meio cansado
"De escárnio e de espinhos."
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