terça-feira, 10 de fevereiro de 2009


NOSTALGIA NO OLHAR

O sol se despede por trás da linha do olhar
A noite com seus longos braços me acolhe
É mais um dia que se instaura na memória
E adormeço inebriado pela fagueira brisa de lá.

Saudosos tempos, remotos pensamentos
Que margeiam meu cenário atual.
Quantas doçuras bebi daquelas nascentes
Que deslizavam sobre o corpo dos rochedos.

Sei que a lembrança me embala, mas dói
Mundos resvalam em meus frágeis dedos
Sei que o peso do tempo enterrou meu olhar.

Linhas paralelas em um árduo chão
Traçam e mitigam o meu caminhar
Neste sertão/mar que me faz sonhar...


Fortaleza, 29 de julho de 2007.

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