terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

A JANELA

A janela já não é a mesma
E um colibri de saudades
Enfeita as tardes...
Tardes que já não são mais minhas.

Hoje, a janela gradeada
Aprisiona o meu olhar
E os meus olhos não vêem
O que eu tento enxergar...

A seta que indica à esquerda
Não me acena mais
E a espera é longa demais...

Da janela
Pode-se ver quase tudo.
Na janela
Eu ouvi tudo.

Linda e melancólica janela!


(In-memoriam)

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