terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

CIDADE DO MEDO

A cidade dorme
Uma multidão de luzes vigia a cidade
A lua ofuscada pelo brilho da cidade
Vigia o poeta que descreve a cidade.

Entre uma luz e outra
Miram-se as luzes
Lâminas cortam a cidade
Armas iluminam a cidade de trevas.

Quanto pavor nas esquinas
Quanta dor adormecida
Na calada das favelas?
Quanta dor sentida
Nas avenidas
Nas encruzilhadas
Nos cruzamentos
Nos semáforos
Nos arranha-céus
Que não olham
E nem dormem
Nas favelas.
Márcio, 28 de outubro de 2007.

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