terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

DESENCANTO ESTELAR
(Conspiração das nuvens)

Nas horas mortas da noite
Vejo uma imensidão de estrelas a me olhar.
O que dirão elas de tudo aqui?
O que dirão elas de mim?

E se as estrelas não existissem?
Se a lua não existisse?
O que teriam a dizer os poetas?
Os trovadores?

Neste matutar poético
Atravesso a solidão da noite
Cheia. Nua. Vazia.

Dou meia volta sobre o mesmo passo
E as estrelas que antes olhavam para mim
Imutáveis, paradas...
Pasmem
Jazem agora escondidas sobre um tapete de algodão
Que se avolumam no espaço.

As estrelas morreram para mim...?


Márcio,
Fortaleza, 08/02/2008, às 00:50

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